Articles by "dilma"
Mostrando postagens com marcador dilma. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dilma. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Medida provisória autoriza empresas a reduzir salário e jornada de trabalho em até 30%.

Presidente Dilma Rousseff
Imagem\Agência Brasil
Com o objetivo de evitar demissões dos trabalhadores por empresas em dificuldades financeiras, o governo federal criou, por meio de medida provisória (MP), o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que vai permitir a redução temporária da jornada de trabalho e de salário em até 30%.

A MP foi assinada na tarde desta segunda-feira (6) pela presidente Dilma Rousseff, após encontro com ministros e representantes de centrais sindicais. Embora passe a valer imediatamente com força de lei, a proposta será analisada e precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

A medida prevê que a União complemente metade da perda salarial por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O Programa valerá até o dia 31 de dezembro de 2016, e o período de adesão das empresas vai até o fim deste ano. Para definir quais setores e empresas estarão aptos a participar do PPE, o governo também criou um grupo interministerial que vai divulgar informações sobre os critérios, com base em indicadores econômicos e financeiros.

De acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, as empresas não poderão demitir nenhum funcionário durante o prazo de vigência do programa, proibição que será mantida por pelo menos mais dois meses após o fim da vigência.

As empresas poderão aderir ao programa por seis meses, prorrogáveis por mais seis. O anúncio foi feito no início da noite por Rossetto e outros dois ministros, ao lado de representantes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.

"É mais importante usar recursos públicos para manter o emprego do que para custear o desemprego. É um programa ganha-ganha, orientado claramente para manutenção do emprego em um período de crise", afirmou Rossetto, acrescentando que o programa é aberto para qualquer setor da economia que tenha redução de emprego e renda.


Agência Brasil

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lava-Jato: Dilma cínica tenta se apropriar da operação

Presidente não comenta participação do PT no escândalo e exalta mérito do governo de estar investigando a corrupção “pela 1ª vez na História do Brasil”.

Dilma: “Brasil não se abala com um escândalo”

Fonte: O Globo
Lava-Jato: Dilma cínica tenta se apropriar da operação
Lava-Jato: Dilma tirou o corpo fora e disse que o escândalo não vai significar o fim e nem a revisão de todos os contratados do governo com as principais empreiteiras do país. Foto: REUTERS

‘O Brasil não se abala por um escândalo’, diz Dilma sobre crise na Petrobras

Na Austrália, onde participa do G20, presidente disse que seu governo é o ‘primeiro na História’ a investigar corrupção
No seu primeiro pronunciamento desde a prisão espetacular de chefes de empreiteiras no escândalo de corrupção da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff exaltou o mérito do governo de estar investigando a corrupção “pela primeira vez na História do Brasil”. E ainda culpou governos passados pela corrupção que está acontecendo hoje na empresa, afirmando que ninguém fez nada antes dela para combater.
Para a presidente, o escândalo será um marco na história do país:
- Eu acho, de fato, que isso pode mudar o país para sempre. Em que sentido? No sentido de que se vai acabar com a impunidade. Este é, para mim, a caracteristica principal desta investigação.
Vestida num terno marrom claro, respondendo tranquilamente a todas as perguntas, a presidente disse que nem ela, nem o país vão se abalar por causa disso. É parte do jogo democrático, afirmou.
- O Brasil não se abala por um escândalo – disse.
Para ela, o escândalo não vai significar o fim e nem a revisão de todos os contratados do governo com as principais empreiteiras do país, muito menos uma devassa na Petrobras:
- Não acho que nem a Petrobras, nem todas as empreiteiras… não dá para demonizar todas as empreiteiras desse país. São grandes empresas e se A, B, C ou D praticaram malfeitos, atos decorrupção, ou de corromper, pagarão por isso.
Segundo ela, é “um absurdo fazer raio-x de todas as companhias para trás” – isto é, rever todos os contratos:
- Não tem como fazer isso. Não se pode achar que todo mundo cometeu delito. Isso não ocorre. Não é assim que a Justiça age. Para achar que alguém cometeu delito tem que ter indícios. Não vou sair por aí procurando todas as empresas.
Falando logo após o encerramento da reunião de líderes das 20 maiores economias do mundo – G20 – em Brisbane, na Austrália, a presidente ainda culpou governos passados pelosescândalos de corrupção hoje na Petrobras. Depois de dizer que poderia listar uma “quantidade imensa de escândalos no Brasil que não foram levados a efeito”, ela alfinetou:
- E talvez sejam esses escândalos que não foram investigados que são responsáveis pelo que aconteceu na Petrobras.
A presidente se disse convencida que a investigação vai mudar também as relações entre sociedade, estado e empresas privadas.
- Eu acho que mudará para sempre as relações entre a sociedade, o Estado e as empresas privadas. O fato de nós, neste momento, estarmos vendo isso investigado de forma absolutamente aberta é um diferencial imenso.
A presidente garantiu ainda que os culpados serão punidos e frisou que este não é o primeiro caso de corrupção da História do Brasil – mas é o primeiro a ser investigado, o que, na sua visão, é um mérito do governo.
- Você não vai acreditar, não é, que nós tivemos (agora) o primeiro escândalo da nossa História. Nós tivemos o primeiro escândalo de nossa História investigado. Há aí uma diferença substantiva.
Dilma disse que as investigações na operação Lava Jato vão ter impacto em outros casos decorrupção:
- É uma investigação que vai necessáriamente colocar à luz todos os processo de corrupção,inclusive de uso internacional de algumas atividades. Isso ela vai.
A presidente defendeu veementemente a Petrobras.
- Não é monopólio da Petrobras ter processos de corrupção – disse, lembrando que um dos maiores casos de corrupção investigados no mundo foi da gigante de energia americana Enron, que faliu.
E partiu em defesa da honra dos funcionários da estatal brasileira, afirmando que a maiora não são corruptos:
- Nem todos, aliás, a maioria absoluta, quase, dos membros da Petrobras, não é corrupta. Agora, tem pessoas que praticaram atos de corrupção dentro da Petrobras. Mas não se pode pegar a Petrobras e condenar a empresa. O que temos que condenar são pessoas. Pessoas dos dois lados : corruptos e corruptores.
escândalo da Petrobras, segundo a presidente, também não vai atrapalhar o seu governo ou abalar o apoio no Congresso para a reforma ministerial:
- Nas duas hipóteses, é não.
Dilma deixou claro que, dentro das pessoas cogitadas para o futuro ministério, não há ninguém que possa estar envolvido no escândalo.
- Você há de convir que essa questão da Petrobras já tem um certo tempo. Então, nada disso é tão estranho para nós. Nós não sabíamos as pessoas concretas. Mas a investigação nós sabemos dela.
Dilma Rousseff também não se abalou com as manifestações de rua ou com alguns manifestantes pedindo impeachment ou até intervenção militar no seu governo.
- Eu não concordo com o teor das manifestações. Mas com a manifestação em si, não tenho nada contra ou a favor. O Brasil tem espaço para a manifestação que for, mesmo uma que signifique a volta do golpe (militar). Porque somos hoje, de fato, um país democrático. Um país democrático absorve e processa até propostas mais intolerantes. O Brasil tem essa capacidade de abosrver e processa.