A iniciativa foi uma solicitação da Secretaria Municipal de Saúde que, em 18 de março, encaminhou um ofício para a FAV solicitando a parceria. O objetivo é detectar os pacientes que possuem a doença e necessitam do procedimento cirúrgico que, posteriormente, será realizado.
Neste primeiro momento do projeto, 500 pessoas serão atendidas, em 100 atendimentos por dia. O horário de atendimento é das 7h às 12h, pela manhã, e das 13h ás 17h, à tarde.
De acordo com o assistente de oftalmo, Alessandro Reis, após a triagem, os pacientes diagnosticados para cirurgias deverão realizar, imediatamente, os exames pré-operatórios. “Os pacientes foram encaminhados pelas unidades de saúde da família e, hoje, passam pelo oftalmologista para diagnosticar a necessidade de realizar a cirurgia de catarata. Em seguida, eles irão realizar os exames de sangue e parecer cardiológicos que serão ofertados pela Secretaria de Saúde”, informou.
A gravataense, Severina Francisca da Silva, 68 anos, realizou a cirurgia de catarata em um olho no ano de 2014 e, hoje, participou da triagem para operar o segundo olho neste projeto. “Há dois anos eu operei um olho que eu não enxergava bem e agora está tudo ótimo. Hoje vou passar pelo médico para operar o segundo olho. Essa ação é importante porque nos devolve a visão e, o melhor, sem custo. Eu não teria condições de pagar a cirurgia”, destacou.
Na segunda etapa do projeto, que acontece de 26 a 30 de julho, a unidade móvel da FAV irá realizar as cirurgias em Gravatá, em frente ao Hospital Municipal Dr. Paulo da Veiga Pessoa, no bairro Nossa Senhora das Graças.
CIRURGIA DE CATARATA: Também conhecida como facectomia, é a remoção do cristalino do olho que tornou-se opaco. O cristalino é uma lente transparente existente nos olhos. Com o passar dos anos, e devido as variações metabólicas das fibras do cristalino induzidas, principalmente, pela radiação ultravioleta, essa lente natural perde a transparência ficando opaca, amarelada.
A perda de transparência do cristalino causa diminuição da acuidade visual. Durante a cirurgia, a lente natural é removida e substituída por uma lente sintética, chamada lente intraocular, responsável pela recuperação da transparência. A cirurgia é feita sob anestesia local e o paciente não precisa dormir no hospital (internação de curta permanência ou internação-dia).