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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Entrevista com escritor Amilton Costa


por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Imagem: Manuel Tripper


Possui graduação em Odontologia e mestrado em Saúde da Família, ambos pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Exerceu a profissão de cirurgião-dentista por dez anos sempre trabalhando com Saúde Pública; em 2007 criou o blog De Boca Aberta dedicado à publicação de crônicas inspiradas na relação dentista-paciente; em 2011 lançou o livro De Boca Aberta: crônicas de vidas na cadeira odontológica, e em 2012 publicou ’20 Dias”, um romance; lançou em novembro de 2015 um livro de poemas intitulado Infinitos Fins; atualmente é professor universitário.

“Vem justamente da proposta do livro que é mostrar a possibilidade de recomeços, que estamos sempre terminando mas, também, podemos recomeçar...”


Boa leitura!



Escritor Amilton Costa é um prazer contarmos com sua participação no projeto Divulga Escritor, você é odontólogo, conte-nos, o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?

Amilton Costa - Sempre gostei de escrever, desde criança os livros e a escrita me fascinavam; mesmo quando não sabia ler os livros permeavam minha imaginação. E tudo que eu escrevia ia ficando guardado, escondido. Tem a ver com amadurecimento da ideia também, do momento de decidir mostrar o que penso, o que imagino. Mesmo sempre tendo escrito, só passei a tornar público há cerca de oito anos quando criei um blog.

Em que momento pensou em escrever o seu livro “De Boca Aberta”?

Amilton Costa - Em 2007 criei um blog, o De Boca Aberta, que deu origem ao meu primeiro livro de mesmo nome. Nele eu conto crônicas de pacientes que interagiram comigo na cadeira odontológica. E, assim, surgiu o De Boca Aberta, para contar histórias reais, de vidas anônimas e, muitas vezes, negligenciadas por inúmeras adversidades, e que o dentista, não raro, deixa passar por simplesmente não entender completamente que a boca, o dente e a gengiva que procura a cura carrega um ser humano. Com o blog passei a escrever crônicas quase diariamente, para em 2011 decidir lançar um livro a partir destes relatos. Mas sempre, desde criança, também escrevo poemas.

Como foi a construção do Enredo de seu romance “20 dias”?

Amilton Costa - Quando surgiu a ideia de escrever o livro, inicialmente veio o protagonista e o primeiro ‘fim’ que ele teria a partir da descoberta da morte próxima; passei a colocar tudo no papel na ânsia de chegar naquele fim inicialmente pensado. Porém, no último capítulo surgiu um novo desfecho completamente diferente daquele que eu havia imaginado. E fiquei feliz com o resultado, espero que as pessoas também gostem.

Teremos novo lançamento, agora com textos poéticos “Infinitos Fins”, que temas você aborda nesta obra poética?

Amilton Costa - São poesias escritas ao longo de minha vida. Comecei a escrevê-las bem cedo, mas nunca publiquei. Agora vejo que chegou a hora. Tratam da vida, das dúvidas, das angústias, do medo de errar, da solidão, da possibilidade do fim, mas também do recomeço a cada momento. Elas representam minha vida, mas podem também representar a história de cada pessoa, de cada vida inserida naquele contexto atemporal.

Como foi a escolha do Titulo para “Infinitos Fins”?

Amilton Costa - Vem justamente da proposta do livro que é mostrar a possibilidade de recomeços, que estamos sempre terminando mas, também, podemos recomeçar, fazer uma nova história, seguir outras trilhas, nos (re) encontrarmos.

O que mais o encanta nesta obra?

Amilton Costa - Cada poesia aparece como um pedaço de mim, um momento único mas que pode ser interpretado de várias maneiras, adequadas aos seus desejos e anseios.

Onde podemos comprar os seus livros, já podemos fazer reservas para o livro a ser lançado?

Amilton Costa - A versão impressa está disponível no Clube de Autores; gosto da proposta deles, do estímulo aos autores independentes e na impressão que só ocorre após cada compra, um respeito à sustentabilidade pensando no meio ambiente neste contexto. Acho fantástica a ideia. Estou disponibilizando, também, a versão digital em formato epub para download no site do Clube de Autores, mas também em livrarias parceiras tais como Amazon, Livraria Saraiva, Livraria Cultura, Google Play.

Tenho um site no qual disponibilizo links para compra dos livros e também acesso a textos inéditos : http://www.amiltoncosta.com/

Como você vê o mercado literário na odontologia?

Amilton Costa - Há uma infinidade de livros técnicos, mas pouca interação quando o assunto é literatura. Até hoje percebo uma dificuldade em convencer os dentistas a comprarem o livro De Boca Aberta. Maioria das vendas do livro, quase 90% não foi feita para dentistas. Sou professor universitário e ministrei aulas em curso de Odontologia numa Universidade Federal e nunca consegui fazer o público comprar e dedicar-se à leitura de crônicas.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Amilton Costa. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que o leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro?

Amilton Costa - União, acho que alternativas que consolidem redes para divulgação através da internet etc. O mercado literário ainda é muito fechado, poucos conseguem publicar e quando o fazem esbarram na burocracia e não vendem. Há uma infinidade de novos autores, de novas possibilidades. Mas ainda é um mercado muito restrito. Os autores novos, os desconhecidos, sofrem para publicar, depois para vender. Se você não for famoso, provavelmente o público não comprará sua obra. Muitos autores internacionais de grande sucesso vendem muito no Brasil, mesmo tendo qualidade inferior a muitos escritores brasileiros, mas que não são famosos. As editoras privilegiam grandes nomes internacionais, e para os autores que não são famosos fica mais difícil vender. Vivemos num mundo ainda muito individualizado, marcado pelo capitalismo. Não seria diferente entre escritores. Há sim, como em qualquer profissão, a necessidade de vencer, e a competitividade existe para mostrar quem vai sobreviver, mesmo não sendo o melhor, muitas vezes. Mas o importante é não desistir, é unir forças cada vez mais e não deixar de publicar porque atualmente há meios que possibilitam de forma alternativa você mostrar seu trabalho. Os bons sempre sobreviverão.



Direto da Redação: Shirley Cavalcante
NRG: Núcleo de Reportagem Gravataense

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Entrevista com o escritor Francisco Mellão Laraya - Tito


Por: Shirley Cavalcante (SMC)

O Escritor Francisco Mellão Laraya, conhecido como Tito, mora em São Paulo, nasceu com 100% de surdes no ouvido direito e 70% de surdez no esquerdo, graças a uma cirurgia aos 14 anos, recuperou a audição só do ouvido esquerdo, é apaixonado pela leitura. Quando começou a escutar iniciou o curso de violão clássico no Conservatório Beethoven, aonde se formou, fez pós em interpretação no Mozarteum, Direito na USP no Largo São Francisco, especialização em Mercado de Capitais na Pace university. Fez a faculdade de direito por que queria ser escritor, mas é muito difícil se manter como tal, só depois de mais velho é que assumiu o gosto pelo dom. Livros editados: Textos Barrocos, Exames, Tito e o pé de Sonho, A Descoberta: O não tempo, O Grão de Areia.
“Eu gostaria que houvesse um incentivo maior a popularização da cultura, mais livros sendo entregues em bibliotecas, o saber é universal, não pode ser sempre poder de uma elite. Um povo mais culto, é um povo mais consciente e mais difícil de ser dominado por inescrupulosos.”

Boa Leitura!

Divulga Escritor - Escritor Francisco, é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos, como começou o seu gosto pela escrita?

Francisco Mellão Laraya – Tito - Primeiro gostava de contar estórias, desde pequeno, minha mãe guardava consigo, depois me entregou, as estórias que aos 2 anos contava a ela, sempre tinham um fundo moral. No primário ganhei um prêmio do Governo do Estado de São Paulo de redação, era a melhor daquele ano, aí a gostar de me exprimir escrevendo, esta paixão tomou conta de mim no início do colegial. Quando escolhi a faculdade, tinha que ser a de Direito do Largo São Francisco, berço de escritores, poetas, etc... Não queria ser advogado, queria ser escritor. Este sonho, abandonei por anos, só com a maturidade, fazendo uma limpeza no meu passado que me auto descobri, aí me reinventei.

Divulga Escritor - O que mais lhe inspira a escrever?

Tito - O quotidiano, meu escrever é o rito do eterno desabafo, por que meu papel não chora, não me repreende, apenas compreende, conto e choro a ele as minhas coisas mais íntimas, e ele vai clamando a cada espaço em branco por mais palavras, vou escrevendo o que falta, ora fácil, às vezes aos trambolhões, como o meu pensar, o meu sentir.

Divulga Escritor - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?

Tito - Nasci surdo, meus amigos eram os livros, achava, desde cedo, bonita a palavra escrita, lia tudo o que me vinha na mão, minhas avós também eram apaixonadas pela leitura, e meu pai também, de modo que tinha uma coleção de clássicos para ler, e era ali que eu deliciava o meu intelecto. Aos 15 comecei, graças a uma cirurgia a escutar, aí sinto vontade de transmitir meu mundo, e a forma, palavras escritas. A sinceridade e forma de escrever de Fernando Pessoa, muito me influenciou, achava ele o máximo, e se tem alguém que me levou a escrever da forma com que faço: foi ele. Também me influenciou o romance do Drácula e sua escrita impressionista, bem como Simon Tigel no Jornal de Um amante, e esta é a minha forma, escritor impressionista, aonde precisa de uma cor, eu ponho a que completa e o leitor que imagine.

Divulga Escritor - Uma curiosidade, porque Tito, podemos dizer que este é seu nome artístico?

Tito - Tito, é o meu apelido, trago ele desde a mais tenra idade, as pessoas me conhecem mais por Tito. Cheguei, um dia escrever, em um poema que queria ser apenas um Tito de quatro letras e só.

Divulga Escritor - Tito como foi publicado o seu primeiro livro? Quais as dificuldades para conseguir publicar sua primeira obra?

Tito - A publicação foi fácil, havia alguns textos auto biográficos, artigos, e um trabalho de forma resumida sobre o mais controvertido julgamento da história, o Julgamento de Jesus, este livro teve até artigo falando sobre ele em jornal, havia um texto que chamava atenção dos evangelhos apócrifos e como foram escolhidos os 4 bíblicos,o motivo para tanto furor, foi o mesmo para retirarem ele de circulação, aí, apesar de brasileiro, me voltei para Portugal e Comunidade Européia.

Divulga Escritor - O polêmico livro que foi tirado de circulação no Brasil “Textos Barrocos” esta em sua segunda edição em Portugal, sendo sucesso de vendas, o que mais o encanta nesta obra?

Tito - Esta obra é um livro de crônicas, onde há vários textos polêmicos, um deles é que só foram eleitos os 4 evengelhos lá pelos anos 300DC, no reinado do Imperador Constantino, e o outro, entre tantos, é uma análise conforme o deireito romano, pois jesus foi condenado por Pilatus, e este utilizou o direito romano, sobre o julgamento de Jesus. Antes que eu me esqueça os textos apócrifos, ou os proscritos da Bíblia somam a mais de 40, que eu por sorte tive acesso a vários.

Divulga Escritor - O livro “Tito e o Pé de Sonho” e “Exames” foi publicado em Portugal, o que diferencia um livro do outro?

Tito - Enquanto Tito e o pé de sonhos, conta um mundo meu, e com queria que ele fosse, Exames, de uma certa forma é meu auto retrato, conto a estória de um amor, para falar de mim, para me definir e me explicar como ser humano, já o primeiro é um grito de liberdade de atenção sobre o mundo como está.

Divulga Escritor – Como foi a escolha do título para o seu livro “A Descoberta: O não tempo”?

Tito - A escolha deste título cabe a uma carcterística do criador, a atemporalidade, na verdade trata-se de um encontro entre a criatura e o criador, através de pequenas coisas, como diria S. Francisco de Assis, é um caminho possível a todos.

Divulga Escritor – Conte-nos sobre o enredo que compõe o seu livro “ Um Sonho dentro de um Sonho”?

Tito - "Um sonho dentro de um sonho" , trata-se de uma recontagem de um amor da adolescência feita por um homem maduro, que utiliza para contar a estória os escritos da época.

Divulga Escritor – Como foi a construção do enredo de seu livro “L'essenza Dell'anima”?

Tito - O livro italiano utiliza dois livros: Exames e A Descoberta: o não tempo, foi com base na união dos dois que foi feito o livro.

Divulga Escritor – Seus livros são filosóficos, reflexivos, em agosto teremos novo lançamento “O Grão de Areia”, conte-nos qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através desta obra?

Tito - O "Grão de Areia" trata da experiência da criação de uma obra, na primeira parte em linguagem impressionista, poética e filosófica a estória que o autor quiz transmitir, na segunda obedecendo a técnica de escrever do romance realista, a história como foi! A verdade é multifacetada: ninguém a conhece!

Divulga Escritor - Onde podemos comprar os seus livros?

Tito - No site da Wooks,e da Bertrand, Chiado, em Portugal se acha para vender, são vendidos on line e são entregues pelo correio na casa de quem comprar.

Meu e-mail é larayaescritor@hotmail.com

Todos os livros podem ser encontrados em meu site
http://www.titolaraya.com/livros/

Divulga Escritor – Tito, tivemos conhecimento que uma das suas melhores assistentes é a sua mãe, conte-nos qual a importância, o que representa para você este apoio maternal em sua tão talentosa carreira literária?

Tito - A mãe tem um amor ilimitado aos filhos, não há neste amor peias nem barreiras, portanto ela é incansável na arte de me ajudar e suas críticas são sempre desinteressadas.

Divulga Escritor - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?

Tito - Eu gostaria que houvesse um incentivo maior a popularização da cultura, mais livros sendo entregues em bibliotecas, o saber é universal, não pode ser sempre poder de uma elite. Um povo mais culto, é um povo mais consciente e mais difícil de ser dominado por inescrupulosos.

Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Tito Laraya. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que o leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro?

Tito - No mercado brasileiro, como no mercado mundial tem dois pontos chaves cruéis: a distribuição e a divulgação da obra. Se você resolver estes aspectos, uma boa parte dos seus problemas estará resolvida.


Direto da Redação: Shirley Cavalcante
NRG: Núcleo de Reportagem Gravataense

Participe do projeto Divulga Escritor

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Shirley Cavalcante Entrevista o médico Rinaldo K. Santori‏


O médico neurocirurgião e acupunturista Rinaldo Koester Santori, de 47 anos, é o nosso entrevistado de hoje. Autor já de cinco livros no Brasil_ recentemente lançou “Revelações da Câmara Escura”(sob o pseudônimo de R.K.Santori)_ iniciou sua carreira literária na Europa, com participação em antologias na Alemanha e publicação de textos na Itália. Nesse último país, inclusive, recebeu duas distinções (Prêmio Marengo d’Oro), em 2002 e 2006. Viagens pelas mais diferentes partes do globo, bem como uma permanência de seis meses num monastério budista, um trabalho missionário e seu casamento na China completam a interessante trajetória biográfica desse autor.

Vive atualmente no interior de São Paulo com esposa e filha, onde continua exercendo sua profissão de médico e sua atividade como escritor (inclusive com traduções em diversas áreas).

Seus principais focos de interesse, em literatura, são temas como espiritualidade, filosofia, religião, misticismo, poesia.

Finalmente, há a associação ainda com a câmara escura de um aparelho de fotografia, e com o poder que algumas pessoas tem de impressionar os filmes com projeções de sua mente. Essa última parte se baseia em fatos reais, pois quem estuda parapsicologia sabe que essas coisas são possíveis.”

Boa Leitura!


Escritor Rinaldo Koester Santori, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, para conversarmos um pouco sobre o seu novo livro “Revelações da Câmara Escura”. Conte-nos em que momento pensou em escrever o livro?

Rinaldo Santori - Bom, na verdade, como acontece com a maior parte das obras desse porte (meu livro tem quase 400 páginas), “Revelações da Câmara Escura” foi resultado de um longo processo de gestação e amadurecimento, cujo início, propriamente dito, se perde nos anos, remontando até meus primeiros trabalhos. Mesmo se formos procurar um momento específico, que poderia ter surgido após meu último livro, “A Sexta Hora”, não conseguiria encontrá-lo. Em suma, a coisa se deu de uma forma bem natural. Da idéia inicial que eu tinha_ de “dar um tempo” com a literatura, após meu último livro,_ veio aquele impulso incontrolável, de por as coisas no papel, que todo escritor bem conhece. Daí, junte-se a isso a necessidade de esclarecer para as pessoas alguns pontos_ pois com freqüência me interpelavam sobre assuntos relacionados aos meus livros_ e pronto: comecei a escrever de novo, _“só um pouquinho”, como dizia a mim mesmo_ sem a pretensão de publicar tão cedo....Coisa que nunca acontece, pois depois de terminado o processo de gestação, o bebê invariavelmente pede pra sair. Assim, desse “escrever um pouquinho mais” nasceu “Revelações da Câmara Escura”, com quase 400 páginas! (risos). Por outro lado, se dizem que as grandes obras são às vezes escritas nos piores momentos do artista, quando ele mais sofre, então “Revelações da Câmara Escura” foi um livro assim. Pois durante o processo perdi minha mãe e meu pai, numa seqüência de poucos meses, além de ter tido dengue por duas vezes e passado por inúmeras outras dificuldades. Realmente, não foram tempos fáceis, esses dois últimos anos.

Como foi a escolha do Título?

Rinaldo Santori - A escolha do título se fundamenta em múltiplas razões. Primeiro, associo a “Câmara Escura” com o subconsciente (que, de fato, nada mais é do que uma câmara escura mesmo, onde colocamos todas as “coisas ruins” de que não gostamos, que não queremos manter na consciência). Isso, por sua vez, veio bem a calhar, pois numa das partes haverá um demônio que vive numa fria a escura adega, debaixo do solo. Além disso, o céu, com seus segredos, também é uma “câmara escura” (e parte do livro se passa também aí). Finalmente, há a associação ainda com a câmara escura de um aparelho de fotografia, e com o poder que algumas pessoas tem de impressionar os filmes com projeções de sua mente. Essa última parte se baseia em fatos reais, pois quem estuda parapsicologia sabe que essas coisas são possíveis. Aliás, foi nesse tipo de propriedade que se baseou, também, um grande sucesso de cinema, na linha do terror (“O Chamado”, ou “The Ring”, no título em inglês).

Dividido em 5 partes, o livro trabalha o subconsciente do ser humano, podes nos contar de forma resumida, um pouco sobre o foco, objetivos abordado em cada parte?

Parte 1(“No princípio...”): Começo o livro lançando uma idéia: se o homem é a maior das criações de Deus, será que Este não lhe teria destinado viver num planeta maior, à sua altura? Não um “planetazinho qualquer”, o terceiro mais perto do Sol, com uma lua só, mas um outro, mil vezes maior, e com 67 luas? Já imaginou, 67 luas? Pois bem: é isso o que coloco: Deus teria criado o homem em Júpiter, ali teria sido o Paraíso original. Mas, então, após o pecado, o homem foi expulso dali, e posto na Terra (e agora, estamos pecando de novo, criando outra atmosfera poluída para nós). E para garantir que ninguém tentaria voltar a esse lugar, Deus colocou um “fosso de asteróides”, como acontecia nos castelos medievais (esse “fosso” realmente existe, entre Marte e Júpiter), e uma atmosfera venenosa. Mas, com a tecnologia, eis que surge o dia em que uma viagem dessas é possível. Ao mesmo tempo, temos um astronauta que será submetido a um grande stress psicológico, fazendo com que libere certos poderes, um “mal” antigo, de família. Isso por sua vez dará origem a toda uma discussão, que vem na segunda parte.

Parte 2 (“Espelho Negro”): Na parte dois, temos a continuidade da história, agora ocorrendo na Terra, mais precisamente junto à costa de Portugal, onde caiu a nave. Todos os tripulantes morreram, restando somente alguns registros de imagem, que mostram coisas surpreendentes (aqui lanço a discussão, nesses tempos de internet, o quanto as imagens que vemos são reais). Disso, os homens serão levados a tomar atitudes, que culminarão com a materialização de demônios (e eles que, então, precisavam dos homens para agir, não necessitarão mais disso...).

Parte 3 (“O incubo”): Agora, um desses demônios, materializados na segunda parte, é descoberto. Trata-se do incubo do título. Como todo incubo, claro (isto é, um demônio em forma masculina que induz as mulheres ao pecado), ele acabará se relacionando com uma garota. Aqui temos um trecho que eu considero particularmente bonito, quando o amor de ambos vai mudando a figura dele. Em outras palavras, o amor transforma, literalmente.

Parte 4 (“Sangue e Nanquim”): “Sangue e Nanquim” fala a respeito de um livro, mencionado já desde a primeira parte, que vai permeando o texto como se fosse um fio de linha (seria o que os especialistas em literatura chamariam de leitmotiv da obra, o “fio condutor”). Esse livro tem páginas douradas, e é capaz de mudar o destino de quem nele escreve. Mas, para isso, é preciso a pena de um anjo...Trata-se de uma lenda, mas que tomará forma à medida que o enredo se desenvolve. Aqui, o incubo da parte 3, Bernardo, tem um filho, Leonardo. Mistura de incubo com uma humana, Leonardo se assemelharia a Merlin, o grande mago que, nos mitos arturianos, teria a mesma origem. Nessa parte, todas as peças do quebra-cabeças começam a se unir.

Parte 5: No final, temos a batalha entre Bem e Mal, e uma discussão sobre o poder da fé (aqui novamente coloco em questão o que vem a ser a realidade. Pois, o que mudou o curso da história, o poder do livro mágico, ou o poder da fé de quem nele escreveu, acreditando em sua magia?). Também faço uso de alguns dados da história de Portugal, e de personagens ilustres de sua literatura_ como Camões e Fernando Pessoa (que, como todos sabem, era ligado ao ocultismo), numa espécie de homenagem. Por fim, há um apêndice, onde exponho as bases do meu pensamento em relação à questão dos demônios.

O que mais o encanta em “Revelações da Câmara Escura”?

Rinaldo Santori - Posso dizer que muitas coisas me encantaram. Pois se trata de uma história complexa, com várias outras histórias concorrendo ao mesmo tempo, e no final consegui fazer tudo se encaixar perfeitamente, criando um texto bastante original onde as várias linhas se entrelaçam (fazendo jus a termo “texto” mesmo, que vem de tecido). Também pude exercitar um pouco minha veia poética, inserindo alguns pequenos poemas no meio da prosa (uma característica que eu uso em outros livros também). Por fim, até o processo de feitura do livro foi empolgante. Pois tive a chance de participar da negociação da imagem da capa, que eu escolhi. A maior parte das pessoas não sabe como se dá esse processo, mas, em curtas linhas, quando o autor da imagem em questão morreu há menos de 70 anos, sua família guarda direitos autorais. Por isso,_seguindo uma tendência comum_ nas minhas obras anteriores usei imagens de Michelângelo, William Blake, Antoine Watteau, que são mais velhos. Mas, agora, fiquei fascinado por essa pintora surrealista espanhola_ Remedios Varo Uranga _ e por sua história de vida, muito semelhante à de minha mãe (como minha mãe, ela saiu de seu país para viver em outro, na intenção de ficar apenas alguns poucos anos. No final, porém, passa toda a sua vida ali, até morrendo no estrangeiro. Também minha mãe e ela são um pouco parecidas fisicamente...ao menos ao meu ver). Assim, fiz de tudo para que esse quadro de Remedios Varo (“Nacer de Nuevo”. “Nascer de Novo”, em português, que tem tudo a ver com o que escrevo ) fizesse parte de minha capa. E no final, consegui.

Escritor Rinaldo, voltando só um pouco ao seu livro “A Sexta Hora” eu o li e fiquei surpresa com a leitura, e penso até hoje, será que quando eu morrer lembrarei do que li no livro? Pois, vou precisar das informações contidas nele.

Rinaldo Santori - Bem, na verdade, quando morremos,_fechamos os olhos, literalmente_ vamos para o inconsciente. E o que há no inconsciente? Aquilo que fizemos repetidas vezes (note-se que o que se faz repetidas vezes torna-se automático. Isso vale tanto para o recitar de mantras quanto para o dirigir: é tudo feito sem que necessariamente tenhamos de usar a consciência) e aquilo que nunca gostamos de nós, nossos erros e falhas (tudo aquilo que, enfim, gostaríamos de esquecer). Assim, é natural que, no “flashback” que ocorre após a morte, nós tenhamos a tendência a dizer: “esse não sou eu”, ou “isso não fui eu que fiz”. Mas aí está justamente o problema: pois rejeitando esse “demônio” rejeitamos uma parte (mesmo que ruim) de nós mesmos. Penso que seria por isso, também, que o catolicismo advoga a confissão. No caso do Budismo, o que os monges tibetanos fazem é meditar continuadamente sobre o assunto. Pois, fazendo isso, acabarão por “inserir” o próprio resultado dessa meditação no subconsciente (não é para lá que vão as ações repetidas?). Assim, quando chegar a hora, não precisarão se preocupar, o ensinamento já estará ali. No meu caso, é o que faço também, é importante não termos medo da morte, nem deixarmos de pensar nela. Não de forma obsessiva, claro, mas natural. Interessante também é notar que, sem o saber, escrevi esse livro para mim mesmo, pois exatamente um ano depois de ter tido a idéia de fazê-lo, começou a seqüência de perdas, que já mencionei.

Pois, nos conte, onde podemos comprar os seus livros, em especial, “Revelações da Câmara Escura”?

Rinaldo Santori - Meu livro pode ser comprado nas lojas virtuais das Livrarias Cultura, Martins Fontes Paulista e Livraria Asabeça. Também pode ser adquirido diretamente na Editora Scortecci, em Pinheiros (São Paulo). Finalmente, também a pessoa interessada pode entrar em contato direto comigo, pelo meu site (www.rinaldosantori.com ) ou meu E-mail (koestersantori@yahoo.com.br). Terei todo o prazer em atender ao pedido.

Escritor Rinaldo Santori, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor seu livro “Revelações da Câmara Escura”. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Rinaldo Santori - A quem é escritor, que cultive seu dom, não esmoreça diante das dificuldades. A quem é leitor, que mantenha seu hábito, pois penso que é através da cultura que se muda uma vida e um país.


Direto da Redação: Shirley M. Cavalcante (SMC)
NRG: Núcleo de Reportagem Gravataense

domingo, 18 de outubro de 2015

Escritor do Rio de Janeiro lança novo livro infantil sobre o amor das crianças pelos animais

Escritor Rogério Araújo

O escritor e jornalista, Rogério Araújo, mais conhecido no meio literário como Rofa, lança em outubro, mês das crianças, o seu novo livro infantil “Rofinha e os amigos de oito patas”, que fala sobre o amor das crianças pelos animais, tema bem importante hoje em dia.

O lançamento será nos dias 18/10 (Shopping Itaipu Multicenter, no Multileitura, em Niterói (RJ), a partir das 14h), na Biblioteca Cora Coralina, em Niterói (RJ), dia 22/10, às 14h, com participação de escolas, e na Casa das Artes Villa Real, em São Gonçalo (RJ), em 4/11, às 18h, com apoio da FASG - Fundação de Artes de São Gonçalo e Secretaria de Cultura.

O escritor está no segundo livro voltado para o púbico infantil, já que em dezembro de 2014, lançou o livro-duplo com contos de Natal, “Presentão de Natal/O super-herói do Natal”, pela Garcia Edizioni, com primeira edição esgotada em menos de 15 dias.

Rofa lançou, em agosto de 2014, o seu segundo livro “Crônicas, poesias e contos que eu te conto...”, pela Literarte, na 23ª Bienal do Livro de São Paulo, com cinquenta textos de três gêneros diferentes, crônicas, poesias e contos, para rir, chorar e se emocionar.

O primeiro livro do autor, “Mídia, bênção ou maldição?”, pela Quártica Premium/Litteris, já percorreu o mundo, partindo do lançamento na 15ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (2011), passando pela Flipoços, Feira Literária em Poços de Caldas, MG (2012), chegando ao Salão de Imprensa e Livro de Genebra, Suíça (2012), Expo América, em Nova York, EUA (2012), e chegando à Feira de Frankfurt, na Alemanha (2013). Foi algo de palestras em escolas e igrejas do autor até de outros estados do Brasil e reportagens em veículos de comunicação.

Rofa desde criança se divertia criando histórias em quadrinhos e, por isso, voltou a esse “mundo infantil” ao partir para livros infantis que jamais sonhava em fazer um dia.

O escritor constrói sua carreira literária ao longo dos anos, desde quando começou a escrever profissionalmente em 2003, até hoje quando abriu um leque como colunista de jornal cultural, o Sem Fronteiras, da revista eletrônica da Suíça, Revista Varal do Brasil e do site Divulga Escritor.

Além das três obras, Rofa é coautor de cerca de vinte e cinco livros nacionais e internacionais, traduzidos em inglês, espanhol, italiano e alemão. Participou de diversos eventos culturais no Brasil e exterior, como em Buenos Aires, Argentina (2013) e Santiago, Chile (2014), lançando livros e tomando posse em academias que faz parte.

A inspiração não para e os novos projetos vão surgindo na vida do autor Rogério Araújo, que se destaca na literatura com objetivo de levar muita reflexão e emoção aos seus leitores!


Contatos com Rofa para compra dos livros ou palestras:

E-mail: rofa.escritor@gmail.com
Telefones: 21 - 98473-2204 (Oi/WhatsApp) / 98304-2509 (Tim)
Facebook: Escritor Rofa
Site: www.rofa.com.br

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti - Entrevistado

Fonte: Divulga Escritor
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Colunista do De olho em Gravatá




Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti, poeta/escritor pernambucano, é natural da cidade da Pedra/PE. Reside hoje em Recife/PE. Tem quatro livros de poesias publicados: Cúmplices, pela CEPE (1993), Assim se Fez, pela CEPE (2002), O Recanto Sagrado da Luz, pela Sal da Terra (2008) e Guardados, pela Livro Pronto (2010); dois livros de contos: Meu Pai e Outros Contos (2012), e Paisagens da Janela (2014), e um romance, O Colecionador de Cavalos (2013), ambos pela LP-Books. Além de participação em diversas Antologias pelo Brasil. É membro da União Brasileira de Escritores/PE.

“O leitor que se deixar ser tomado por esta experiência não sairá dela o mesmo. Irá sim, no mínimo, sentir-se aprazido, de uma forma tão aguda que, se assim se deixar levar, poderá ser capaz de ver o invisível através das páginas que compõem esta eminente reunião de contos".

Boa Leitura!

Divulga Escritor - Escritor Inaldo Tenório é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos como foi a escolha do Titulo para o seu livro “De onde se pode ver o invisível”?

Inaldo Tenório - Curiosamente esse título fora criado muito antes do projeto ser aprontado. Quando escrevi o conto DE ONDE SE PODE VER O INVISÍVEL já o tinha como título do livro que iria sair. Sua composição é que dependia de histórias que seguissem essa linha, que trouxessem uma temática homogênea, leve, corrente. O tema já estava plantado: coube a mim alimentá-lo, cuidar dele para que florescesse. Que se completasse.

Divulga Escritor - Que temas são abordados nesta obra literária?

Inaldo Tenório - Apesar de ter uma certa homogeneidade – costumo dizer que “o mesmo riacho corre por dentro de todos os contos” - os temas são variados, se espalham pelos campos – páginas verdes, água corrente – do livro. Ele é dividido em duas partes: de onde se pode ver... e ...o invisível. No momento da divisão há a diferença nos temas e no desenvolvimento da escrita: a primeira parte traz histórias mais tradicionais, com diálogos, narração presente, concretude em seu desfecho; na segunda parte há uma prosa-poética que rege as histórias, trazendo uma leveza a planar pelos diálogos – muitas vezes também invisíveis, mas clara aos olhos da alma. No dizer de um artista amigo nosso, André Araújo, em relação ao conto que fecha o livro (considero que o livro vai crescer em cada leitor, por isso não há um “fechamento”, uma conclusão definidora: a vida continua seu caminhar), Meu Filho: "O conto MEU FILHO é mais um daqueles textos contundentes e conflitantes bem ao modo Inaldiano de se contar histórias. Há de tudo nele: poesia e melancolia; música e romantismo. Uma ópera com libreto franco-italiana, música de Dvórak, orquestrada por Wagner e corrigida por Prokofieve. É um texto lírico, dramático, trágico... humano... dostoieviskiano. Pernambucanamente vivo”. Cada conto traz uma situação diferente, discorre sobre a vida, sua complexidade, sempre com uma simplicidade que me envolve na prosa, que me agrada grandemente, sem esquecer a poesia como um veículo, música para a narração, voz natural a dizer da beleza que canta ao coração.



Divulga Escritor - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos contos que compõe a obra?


Inaldo Tenório - Não ouso chamar de mensagem, não vejo a arte como um meio a trazer mensagens, ensinamentos, caminhos novos para as pessoas seguirem, e, de repente, mudarem comportamentos por conta disso. O “riacho” que transita entre todos os contos diz da liberdade, da beleza de ser livre, da naturalidade nas atitudes, da vida corrente nas asas das pessoas. Talvez essa seja uma mensagem a passar. Mas não há essa pretensão.


Divulga Escritor - O que mais o encanta em seu livro “De onde se pode ver o invisível”?

Inaldo Tenório - Gosto do todo: desde a capa, tela gentilmente cedida pelo amigo artista plástico Guilherme de Faria (Crepúsculo Rosado, óleo sobre tela), aos trechos escolhidos para a contracapa. O Prefácio muito bem construído, pelo amigo escritor Rafael Teixeira, jovem promissor na literatura nacional, o trabalho da editora feito com esmero. A prosa, em si, me encanta: a correnteza da escrita, a fluidez na narração, a liberdade de personagens e narradores, as mudanças na narração, a poética cantante a todo momento, especialmente na segunda parte do livro me deixam profundamente satisfeito com o resultado (que não é conclusivo – como disse em outro momento, a vida do livro segue na vida dos leitores).

Divulga Escritor - O lançamento esta previsto para o dia 26 de setembro, conte-nos onde vai ser, qual o horário?

Inaldo Tenório - Se dará no Memorial da Medicina de Pernambuco, no Derby, às 16h. Será uma tarde agradável, uma tarde cultural: além dos comentários sobre alguns contos, há a participação musical, música sacra e erudita, de qualidade, abrilhantando ainda mais o lançamento. É um momento prazeroso para mim que espero seja também para os convidados.

Divulga Escritor - Onde podemos comprar o seu livro?

Inaldo Tenório - A partir do lançamento (será o primeiro momento de contato com o livro) é que definiremos essa parte. As informações serão passadas na minha página no Facebook, Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti e pela editora.

Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Inaldo Tenório Moura Cavalcanti. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Inaldo Tenório - DE ONDE SE PODE VER O INVISÍVEL é um livro leve, prosa-poética, livre em toda sua expressão, intrigante, em alguns momentos (porque a vida o é), realismo cru em outros momentos. Poético. Bonito em sua completude. O prefaciador, Rafael Teixeira, que leu com profundidade a obra, nos deixa o recado: “o leitor que se deixar ser tomado por esta experiência não sairá dela o mesmo. Irá sim, no mínimo, sentir-se aprazido, de uma forma tão aguda que, se assim se deixar levar, poderá ser capaz de ver o invisível através das páginas que compõem esta eminente reunião de contos".


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Lançamento do livro: Diário de Bordo - O Legado de Jacques Drouvot, do autor Francisco Antonio Cavalcanti


O lançamento de "Diário de Bordo - O Legado de Jacques Drouvot", editado pela Chiado Editora, Lisboa, será realizado no dia 10 de Setembro em João Pessoa.

Fundação Casa de José Américo, Av. Cabo Branco, Cabo Branco, 3336, às 18:30h. Em breve em Natal-RN. 

Sinopse 

Obra de ficção tecida caprichosamente com os fios do romance e da aventura, este livro encerra uma narrativa rica de acasos e de instigantes desafios.

Os fatos têm lugar em consequência de uma abordagem corsária, da expropriação de um tesouro contrabandeado e da intrépida busca pelo local onde foi cuidadosamente escondido.

Trata-se de um relato que seduz por nos transportar de forma impressionante a belíssimos locais em distintos países, através da alternância de acontecimentos em épocas recentes e remotas.

Acima de tudo, contém uma história que cativa e fascina pelo mistério que encerra e emociona pelo incrível e surpreendente final.

O Autor

Nascido em Natal-RN, Francisco Antonio Cavalcanti sempre demonstrou paixão pela literatura, expressando sua sensibilidade nos poemas e textos que costuma escrever, apesar de uma formação acadêmica de caráter eminentemente técnico. É engenheiro, especialista em desenvolvimento, mestre em administração e doutor em engenharia de produção. Profissionalmente, direcionou sua preocupação a duas áreas: planejamento estratégico e gestão de tecnologia. Docente da Universidade Federal da Paraíba, orientou trabalhos acadêmicos e participou de vários projetos de pesquisa com a Universidade de Grenoble. Publicou Tecnologia e Dependência: O Caso do Brasil, pela Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro; Planejamento Estratégico Participativo: Concepção, Implementação e Controle de Estratégias, e Êxito Profissional: Conhecimentos e Atitudes, ambos pela Editora Senac São Paulo. Há pouco tempo, Brindou o público leitor com sua primeira ficção, O Violoncelo: Uma Trajetória de Acasos e Mistério, pela Editora Livre Expressão, Rio de Janeiro.

Agora, traz a público seu segundo romance, Diário de Bordo: O Legado de Jacques Drouvot, pela Chiado Editora, Lisboa.


Clique no link abaixo e leia entrevista com o escritor Francisco Antonio Cavalcanti


http://www.divulgaescritor.com/products/francisco-antonio-cavalcanti-entrevistado/

Sejam todos bem-vindos ao lançamento!

domingo, 2 de agosto de 2015

Do autobiográfico ao social, na obra poética de Bernadete Bruto

Escritora, poeta pernambucana, Bernadete Bruto, é destaque Nacional


Falar de Bernadete Bruto é um alumbramento. Esta pernambucana, natural de Recife é uma desbravadora e conquistadora de espaços culturais. Navega por lugares muito especiais, trazendo à tona seu talento em torno da arte. Mistura o universal e o particular em suas performances como declamadora e poeta, utilizando a música, a beleza e a profundidade reflexiva nos seus recitais, sem deixar, de lado, é claro, o aspecto do prazer, da diversão, elementos do caráter lúdico do literário. Como afirmava o clássico Horácio, a poesia tem de ensinar e deleitar, unindo o útil ao agradável e isto Bernadete faz belamente. Os recitais que a autora realiza de forma criativa e original são efetuados no lugar indicado pela pessoa e/ou empresa interessada.


De ancestralidade indiana, une o cosmopolita à sua brasilidade inerente ao falar de nossos variados matizes, refletindo uma característica de nosso modernismo que utilizava-se da antropofagia cultural, absorvendo o que vinha de fora à nossa resposta crítica nacional, enriquecendo assim a nossa cultura com vários elementos, sem ter uma visão unilateral. Esta poeta pernambucana, de origem indiana, soube absorver este componente, trazendo para suas performances o brilho do hibridismo entre culturas e forjando uma arte plena de significados como num leque colorido e multifacetado. Sua maneira de apresentar suas performances poéticas nos rememora os antigos menestreis e trovadores que passavam por vários locais para levar uma história muitas vezes adornada. A poeta se apresenta em vários recitais, versando sobre temas diversos para se adequar ao público.

É formada em Sociologia, atuando como analista de gestão do Metrô do Recife.

É membro da União Brasileira dos Escritores – UBE, da Associação dos amigos do Museu da Cidade do Recife – AMUC, parceira da Cultura Nordestina, Letras e Artes e participa de grupos como a Confraria das Artes. Sua formação universitária se reflete na sua poesia que aborda a relação entre uma reflexão do eu, com caráter autobiográfico e existencial, e o elemento cotidiano e social, reunindo uma poética do drama da vida interior ao viés psicossocial. Sua obra prima pela simplicidade sem deixar de ter profundidade e deslumbramento para os leitores, procurando, assim, atingir todas as classes sociais, fazendo de sua relação com o leitor algo mais democrático. Como a autora mesmo salienta o seu maior propósito é “falar aos corações” para deixar impressas, em cada ouvinte ou leitor, mensagens de “alegria, esperança e fé na vida”. A escritora Bernadete Bruto está também antenada com o tempo atual, pois seus textos podem ser encontrados em várias páginas da internet e também no seu blog. Além disso, algumas de suas poesias recitadas podem ser encontradas em vídeos no youtube.

Três livros compõem sua emocionante trajetória literária: Pura Impressão, Um coração que canta e Querido Diário Peregrino. Todos os três trabalham com o elemento autobiográfico, sendo que o terceiro amplia a dimensão do particular para atingir a questões problemáticas que atingem a sociedade contemporânea, revelando o drama do homem citadino. Em Pura Impressão, encontramos uma obra dividida em cinco partes nas quais as poesias são aproximadas por temas. Mostra o percurso de uma mulher, passando desde a juventude até o amadurecimento da fase adulta, revelando o caráter introspectivo e profundo ao mostrar na vida atual desta pessoa uma compreensão mais profunda e abrangente da vida, fazendo-nos lembrar aqui das reflexões memorialísticas das personagens adultas do grande romancista Machado de Assis em suas memórias ficcionais. Este livro da poeta por aqui analisada segue uma ordem cronológica, sorvendo ricamente no gênero lírico traços da narrativa.

No segundo livro escrito por esta autora extraordinária, Um coração que canta, temos uma obra singularíssima ao narrar os mais recentes anos da autora rumo ao seu ideal de ser poeta. A história poetizada é dividida em três partes que apresentam nomes de canções, também seguindo a linearidade cronológica. Tal esquema tem um objetivo específico: mostrar os estados de alma pelos quais a personagem passa no decorrer de sua vida. Mais uma vez, temos aqui a simbiose entre prosa e poesia, aliando duas formas que se encaixam perfeitamente pela maestria da autora Bernadete Bruto. Tal livro tem ilustrações em forma de desenho que se casam lindamente com cada poema apresentado. O projeto gráfico foi elaborado por Paulo Victor de Melo.

Em seu mais recente livro, Querido Diário Peregrino, encontramos uma obra poética que é escrita em forma de diário, sendo que aqui a autora se estende do interior para fora ao abordar questões que afetam a sociedade. Este livro foi feito em parceria com o talentoso fotógrafo Wagner Okasaki. Tal união de talentos tem um propósito: fazer a complementariedade entre texto e imagem, produzindo uma rede de significados e símbolos de forma magistral.

Em Querido Diário Peregrino, temos o reflexivo poema “Rio da Cidade” que bebe da fonte cotidiana e presente para criticar a poluição urbana: Rio/- Água lamacenta -/Que corta/Enfeia/Minha Cidade//Não sei se sinto mais pena de mim/Ou do rio... Numa simbiose perfeita entre eu/natureza/mundo, a poeta não sabe se tem pena dela mesma ou do rio. O caráter psicossocial anteriormente descrito aqui adquire ares de universalidade, podendo atingir o mundo. Finalizando, podemos dizer que estamos diante de uma autora criativa, sensível e aberta aos apelos do eu e do mundo.

Vamos adquirir o livro da autora Bernadete Bruto!?

www.bernadetebruto.com

Email: bernadete.bruto@gmail.com

Facebook:

https://www.facebook.com/bernadete.bruto 



Direto da Redação: Alexandra Vieira de Almeida

Doutora em Literatura Comparada